10 fatos da economia que Bolsonaro escondeu no Jornal Nacional
Bolsonaro mostra desprezo completo pelo sofrimento do povo ao dizer que “os números da economia são fantásticos”
Publicado em
Como era de se esperar, Jair Bolsonaro foi ontem ao Jornal Nacional contar mentiras. Foram tantas que é difícil contabilizá-las. Mas uma delas ultrapassou os limites da decência: “Os números da economia são fantásticos”.
Bolsonaro teve coragem de dizer isso no momento em que as pessoas ou passam fome ou estão atoladas em dívidas; ou estão desempregadas ou veem o salário encher cada vez menos o carrinho do mercado. Foi quase tão chocante quanto vê-lo imitar pessoas que morreram por falta de ar na pandemia (veja vídeo abaixo e leia a série Réu Confesso).
Inacreditável o desprezo de Bolsonaro pelo sofrimento do povo. Como negou a realidade, não se preocupou em apresentar qualquer proposta para acabar com a fome ou socorrer as mulheres, as maiores vítimas do endividamento. Só manteve a ameaça de não aceitar o resultado das eleições.
Sendo assim, somos obrigados, mais uma vez, a apresentar a realidade que Bolsonaro tenta esconder. Veja a seguir os números da economia produzidos por Bolsonaro.
1. 125 milhões de brasileiros sem comida suficiente
Em 2014, o Brasil saiu oficialmente do Mapa da Fome. Em 2019, Bolsonaro começou a destruir tudo o que Lula havia feito para garantir comida para o povo. Acabou com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar; congelou o salário mínimo; abandonou a agricultura familiar; tirou dinheiro da merenda escolar; destruiu o Bolsa Família.
Resultado: hoje, 33 milhões de brasileiros passam fome, e outros 92 milhões não têm certeza de que conseguirão fazer as três refeições todos os dias.
2. Salário mínimo diminuiu
Bolsonaro reduziu o salário mínimo, dando reajustes abaixo da inflação. Vai terminar o mandato sendo o primeiro presidente em 30 anos a fazer isso. Ah, e o Lula, e o PT? Com o PT, o salário mínimo subiu 74% acima da inflação.
LEIA TAMBÉM: 13 motivos para Lula voltar
3. Enquanto o salário cai, os preços disparam
Desde setembro de 2021, a inflação está acima de 10%. A inflação dos alimentos é ainda pior, com alta de quase 15% em 12 meses. Já a cesta básica tem itens que subiram mais de 66%, como a batata e o leite.
Os combustíveis e o gás? Bolsonaro reduziu os preços agora, pertinho da eleição. Mas olhem os números: do dia em que ele tomou posse até junho passado, o diesel subiu 203%, a gasolina, 169,1% e o gás, 119,1%.
4. Já o aluguel, sobe quase o dobro da inflação
Além da carestia enfrentada no preço dos alimentos e dos combustíveis, o povo enfrenta o reajuste no preço dos aluguéis, com alta de quase o dobro da inflação. Conforme o índice FipeZap, que acompanha os preços dos aluguéis em 25 cidades brasileiras mensalmente, o aumento chegou a 9,49% desde janeiro, o que representa quase o dobro da inflação no mesmo período, que acumula alta de 5,49% este ano.
5. Com isso, os brasileiros se atolam em dívidas
Bolsonaro fez com que o endividamento no Brasil batesse recorde. Hoje, 78% dos brasileiros têm alguma dívida, 29% já estão com alguma conta atrasada. A situação é pior para as mulheres, especialmente as mães que cuidam dos filhos sozinhas. 70% dos endividados no país são mulheres.
6. Desemprego e informalidade também nas alturas
Enquanto Lula e Dilma criaram quase 21 milhões de empregos com carteira assinada, Bolsonaro mantém o desemprego nas alturas e faz o povo se virar na informalidade. Em julho de 2022, havia 10,6 milhões de desempregados (sendo 7,6 milhões de jovens com menos de 30 anos). E 40% das pessoas com trabalho não tinham carteira assinada.
LEIA TAMBÉM: 10 provas de que Bolsonaro está destruindo o Brasil
7. Comércio e indústria em crise
Sem dinheiro no bolso, o trabalhador para de comprar e a economia anda para trás. Hoje, a indústria brasileira fatura 22,5% menos do que faturava quando Dilma Rousseff era presidente, segundo a CNI. No comércio, as vendas vem caindo mês a mês, com redução nos dois últimos meses medidos (maio e junho), de acordo com o IBGE.
8. O brasileiro paga cada vez mais imposto!
Bolsonaro se elegeu prometendo isentar do imposto de renda quem ganhasse até 5 salários mínimos. Nunca cumpriu a promessa e fez pior: gerou a maior defasagem da tabela do IR (veja gráfico). Com isso, cada vez mais brasileiros entram na lista de quem é obrigado a pagar imposto.
9. Juros não param de crescer
E, diante de todo esse caos, o governo Bolsonaro insiste na política neoliberal e aumenta juros com a desculpa de que isso vai abaixar a inflação. Com a Selic a 13,75%, o Brasil tem os juros reais mais altos do mundo. Quem ganha são os bancos, que apertam os brasileiros no cartão de crédito e no cheque especial.
10. Enquanto isso, R$ 500 bilhões para o mercado financeiro
Os ricos são os únicos que têm motivo para concordar com Bolsonaro. Para eles, a economia está mesmo fantástica. Os juros altos fazem o Brasil bater recordes de gastos com juros da dívida pública. No período de 12 meses até maio, o governo já distribuiu R$ 500 bilhões no mercado financeiro. E essa despesa deve subir, porque o teto de gastos não vale para só vale para educação, saúde, segurança.
Da Redação
Créditos PT
Comentários
Postar um comentário