ECONOMIA - Economia brasileira sofre queda de 0,1% no terceiro trimestre e entra em recessão técnica
Economia brasileira sofre queda de 0,1% no terceiro trimestre e entra em recessão técnica
Rio de Janeiro, 2 dez (Xinhua) -- A economia brasileira caiu 0,1% no terceiro trimestre em comparação com os três meses anteriores e entrou em recessão técnica ao encadear dois trimestres consecutivos no negativo, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
Em comparação com o terceiro trimestre de 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4%.
O IBGE também revisou o resultado do segundo trimestre, que passou de -0,1% para -0,4%, e o do primeiro trimestre, que avançou de 1,2% para 1,3%.
A última recessão no país foi em 2020, quando o PIB caiu 2,3% no primeiro trimestre e 8,9% no segundo, fortemente afetado pela pandemia.
Segundo o IBGE, o PIB está no patamar do fim de 2019 e início de 2020, período pre-pandemia, e 3,4% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.
Os três grandes setores que compõem o PIB brasileiro registraram resultados distintos: a agropecuária encolheu 8% em comparação com o segundo trimestre, a indústria registrou um crescimento nulo e o setor de serviços avançou 1,1%.
A queda na agropecuária foi consequência do final da safra de soja, o que também teve um impacto nas exportações e foi o pior resultado para o setor desde o primeiro trimestre de 2012, quando caiu 19,6%.
O consumo das famílias, um dos principais motores da economia do país, cresceu 0,9%, enquanto o consumo do governo aumentou em 0,8%.
Por outro lado, os investimentos recuaram 0,1% no terceiro trimestre, assim como as importações (-8,3%) e as exportações (-9,8%). O comércio também caiu (-0,4%), e as indústria de transformação (-1%) e a extrativa (-0,4%) também apresentaram números negativos.
O resultado do terceiro trimestre, coloca o Brasil em uma recessão técnica, ao registrar dois trimestre seguidos no negativo e chega em um momento no qual todas as projeções econômicas para este ano e para 2022 estão sendo reduzidas devido ao aumento da inflação, que deve ter um impacto no consumo e à incerteza política provocada pelas eleições presidenciais do ano que vem.
De acordo com as projeções do mercado financeiro, o PIB brasileiro crescerá 4,7% este ano e 0,58% em 2022. O IBGE revisou o resultado do PIB de 2020, que passou de uma queda de 4,1% para uma de 3,9%.
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