Inflação no Brasil sobe 0,87% em agosto, maior taxa para o mês em 21 anos
Rio de Janeiro, 9 set (Xinhua) -- A inflação no Brasil subiu 0,87% em agosto, o maior índice para o mês em 21 anos e mais do triplo de agosto passado, quando o aumento de preços foi de 0,24%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
Apesar da alta da inflação, o resultado foi inferior a julho (0,96%). No acumulado do ano, o índice chegou a 5,67%, enquanto que nos últimos 12 meses atingiu a 9,68%, a maior dessa comparação desde fevereiro de 2016.
Para este ano, o governo e o Banco Central fixaram como meta uma inflação de 3,55%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto, mas o Executivo já admitiu que dificilmente cumprirá o objetivo.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços analisados registraram aumento de preços em agosto, liderados pelos transportes (1,46%) e alimentação e bebidas (1,39%). O único setor com deflação em agosto foi o de saúde e cuidados pessoais (-0,04%).
O aumento nos transportes foi provocado pela alta dos combustíveis (2,96%), cujos preços dobraram em comparação com julho (1,24%). A gasolina subiu 2,80%, o etanol 4,5%, o gás para veículos 2,065 e o diesel, 1,7%.
"O preço da gasolina é influenciado pelos reajustes aplicados nas refinarias de acordo com a política de preços da Petrobras", disse o IBGE, ressaltando que "o dólar, os preços no mercado internacional e o encarecimento dos biocombustíveis são fatores que influenciam os custos, o que acaba sendo repassado ao consumidor final".
O aumento da inflação tem se tornado uma das principais preocupações do governo brasileiro, devido aos efeitos negativos sobre a economia do país. Para tentar controlar a inflação, o Banco Central tem alterado a taxa básica de juros Selic, que está em 5,25%.
Segundo a previsão do mercado financeiro, a inflação este ano no Brasil será de 7,58% enquanto para 2022, a estimativa é de 3,94%. Em 2020, o aumento dos preços no país foi de 4,52%, o maior desde 2016.
Créditos Xinhua
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