Indústria brasileira ressalta que vacinação em massa é fundamental para economia
Brasília, 15 jan (Xinhua) -- A Confederação Nacional da Indústria (CNI) do Brasil ressaltou nesta sexta-feira que a vacinação em massa da população contra a COVID-19 será fundamental para melhorar o entorno empresarial e a retomada da economia brasileira de modo sustentado.
A imunização permitirá o retorno seguro às atividades produtivas e diárias, a recuperação do mercado consumidor e dos investimentos e consequentemente, reativará todos os setores da economia, afirmou a entidade em uma nota.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, disse que, à medida que a vacinação avançar, as incertezas econômicas, políticas e sociais relacionadas à pandemia deverão se dissipar.
Uma vez eliminado o risco da doença, as pessoas e as empresas se sentirão mais seguras para retomarem plenamente suas atividades, acrescentou.
"A confiança trará novo fôlego ao consumo e à produção, o que acelerará a recuperação das perdas deixadas por esta que é uma das mais graves crises sanitária e econômica enfrentadas pela humanidade", afirmou Andrade.
Para o presidente da CNI, as incertezas sobre a economia diminuirão significativamente com a vacinação da maior parte da população e, assim, "poderemos concentrar nossos esforços nas ações necessárias para iniciar um ciclo de crescimento sustentado".
As projeções da CNI indicam que, depois de uma queda prevista de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, o Brasil deve crescer 4% este ano, e a indústria deve registrar uma expansão de 4,4%.
"Nosso grande desafio é fazer com que o Brasil volte a crescer acima de 2% ao ano de forma sustentada, ou seja, por um longo período. Para isso o Brasil necessita eliminar o custo e garantir um ambiente que favoreça a atração de novos investimentos", comentou Andrade.
O governo brasileiro prevê anunciar a data de início do Plano Nacional de Vacinação na próxima semana.
O anúncio depende da autorização da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para os dois pedidos de uso emergencial de vacinas apresentados pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo e pela britânica AstraZeneca e Universidade de Oxford, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Butantan já tem no momento seis milhões de doses da Coronavac em São Paulo, mas os dois milhões de doses da vacina da AstraZeneca que virão da Índia e que seriam trazidos por um avião brasileiro ainda não têm data para chegar.
O avião deveria ter partido nesta sexta-feira para a cidade indiana de Mombai, mas fontes oficiais confirmaram que o governo da Índia informou que não seria possível atender à demanda brasileira neste momento, já que o país asiático iniciará no sábado a sua própria campanha de vacinação contra a COVID-19.
De acordo com o boletim publicado na quinta-feira pelo Ministério da Saúde, Brasil soma 8.393.492 casos positivos da COVID-19 e 208.246 mortos.
Créditos Xinhua, publicado originalmente em - http://portuguese.xinhuanet.com/2021-01/16/c_139672791.htm
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