ÁRIMA CORLETTO/AL/JC
Trajeto irá de Coquimbo, localizado no Norte chileno, até Porto Alegre, passando pela Argentina
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Estrutura com 2.472 quilômetros fará a integração física da América do Sul pelos oceanos Atlântico e Pacífico
Chilenos da cidade de Coquimbo participaram ontem de audiência pública na Comissão do Mercosul da Assembleia Legislativa para debater o Corredor Bioceânico Central, que fará a integração física da América do Sul, interligando os oceanos Atlântico e Pacífico. A rota, de 2.472 quilômetros, irá de Coquimbo, no Norte do Chile, até Porto Alegre, passando pela Argentina.
Um dos principais pontos do trajeto é a travessia da Cordilheira dos Andes, cujas estradas ficam fechadas mais de 40 dias por ano em razão da neve. Segundo as autoridades chilenas presentes na audiência pública, os recursos para obra do Túnel do Passo de Água Negra, nos Andes, já estão garantidos e a licitação em andamento. No atual projeto, está prevista a construção de um túnel com 13,8 quilômetros de extensão, o que permitirá o livre trânsito nos 365 dias. A obra integrará oito regiões, três países, 21 portos, 9 aeroportos e 21 milhões de pessoas.
O presidente da Assembleia, deputado Edson Brum (PMDB), destacou que a obra vai “viabilizar um fluxo de exportação importante para a economia gaúcha e brasileira, bem como dos países interessados”. O deputado Frederico Antunes (PP) comemorou o trabalho já executado pelas autoridades chilenas, mas salientou a urgente necessidade da duplicação da BR-290, o principal corredor do Mercosul.
“O Chile está de parabéns por ter feito o dever de casa e esperamos que a Argentina também faça a sua parte. Acredito que das três nações beneficiadas com esse projeto, a que mais deixe a desejar seja o Brasil, vide o atraso nas obras de duplicação da BR-290. Como parlamentares gaúchos e membros desta Comissão, eu proponho que nós intensifiquemos a cobrança junto ao Congresso Nacional, para garantir que esses recursos para a BR-290 sejam garantidos no orçamento do próximo ano”, disse Frederico Antunes. A previsão de conclusão do Corredor Bioceânico Central é de 14 anos, tempo calculado pelas tecnologias existentes para a obra, principalmente pela construção do Túnel de Água Negra.
JC/Blog do Capitão Fernando - Economia
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