O GLOBO - 19/11/2013
Dilma reafirma compromisso com meta de inflação e superávit fiscal
Por rede social, presidente diz que país sofreu os efeitos da crise global
Luiza Damé e Catarina Alencastro
A presidente Dilma Rousseff disse ontem, por meio do Twitter, que o país sente os efeitos da
crise econômica internacional, mas conseguirá manter a inflação dentro do teto da meta de 6,5% e fazer
superávit primário. Segundo a presidente, é preciso equilíbrio fiscal para garantir investimentos em
programas de saúde, mobilidade urbana e educação.
No seu texto, ela diz que dos cinco pactos lançados após as manifestações de junho, o primeiro
foi o da estabilidade fiscal. Até porque, segundo ela, não é possível executar grandes projetos de saúde,
de mobilidade urbana e de educação sem cuidar do aspecto fiscal. A presidente disse ainda que o Brasil
sente os efeitos da crise internacional mas, mesmo assim, pelo décimo ano consecutivo, o governo
cumprirá o compromisso de ter a inflação abaixo da meta de 6,5% anuais.
Destaque para o superávit
Dilma lembrou ainda que o país tem reservas internacionais de US$ 376 bilhões e ainda registra
superávit primário e que seis economias do G-20 terão superávit em 2013: Arábia, Itália, Brasil, Turquia,
Alemanha e Coreia do Sul.
Entre janeiro e setembro deste ano, a economia do governo para pagamento de juros da dívida
pública, o chamado superávit primário, foi de R$ 44,96 bilhões, o equivalente a 1,28% do Produto Interno
Bruto (PIB).
Segundo a presidente Dilma Rousseff, o país tem uma economia sólida e, por isso, tem recebido
investimentos externos expressivos e citou o leilão do pré-sal de Libra. E arrematou o texto com um
recado claro para a oposição: "Quem aposta contra o Brasil sempre perde".
À tarde, a presidente reuniu-se com os líderes aliados no Senado para pedir que projetos com
impactos no orçamento não sejam votados este ano. Entre os projetos, cujo impacto nas contas públicas
é estimado em R$ 60 bilhões, estão o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e o aumento dos
repasses do Fundo de Participação dos Municípios. Dilma se reunir na semana passada com os líderes
governistas da Câmara dos Deputados e deve se encontrar com o Conselho Político hoje.
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